SELIC

Corte de 0,75% deve aquecer o comércio

Corte agressivo na selic deve aquecer o comércio.

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O corte de 0,75% na taxa Selic, anunciado pelo Copom do Banco Central na noite desta quarta-feira (11), foi recebido com otimismo pelo mercado e por entidades financeiras.

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) enviou nota à imprensa na qual diz considerar a decisão de reduzir a taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva, de 13,75% para 13,00% – maior corte em quase cinco anos.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, a redução da Selic de forma mais agressiva, com uma redução de 0,75 ponto percentual, vem a partir de uma maior confiança no cenário de desinflação e também de um maior receio com relação a retomada da economia.

“O cenário para a inflação tem se tornado mais benigno por conta de dois principais fatores. O primeiro é a economia que continua desacelerando com dados mais fracos que o esperado. O segundo é a inflação mais baixa registrada ao longo do terceiro trimestre de 2016, principalmente por conta dos preços de alimentos, mas também pelos preços de serviços”, afirmou o presidente.

Segundo Pellizzaro, “ainda que a Selic continue com tendência de desaceleração, seus efeitos sobre a atividade econômica ainda só serão sentidos de forma gradual e com defasagem, a partir do segundo trimestre do ano”.

Para o SPC Brasil, o Copom deve seguir cortando as taxas de juros ao longo desse ano, tendo em vista o cenário recessivo com impacto benigno para a inflação e as expectativas de IPCA muito perto da meta de 4,5% já no final de 2017”, indicou.

A FecomercioSP também se posicionou favorável à redução da Selic. Na análise da entidade, o Banco Central havia se mostrado conservador ao longo de quase todo o ano passado, mas agora enxerga motivos para estabelecer uma redução de juros de 0,75 ponto porcentual, sem que haja perda de confiança dos agentes na atuação da autoridade.

“A PEC do Teto de Gastos, aprovada no final de 2016, e as reformas da Previdência e Trabalhista que estão encaminhadas, são fatores que a Federação julga relevantes no curto prazo para o ajuste macroeconômico”, defendeu a FecomercioSP.

A entidade diz ainda esperar mais cortes da Selic no decorrer do ano para aquecer os setores de turismo, serviços e comércio e retomar o crescimento ao menos no final de 2017.

Fonte:E-commerce Brasil.


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